segunda-feira, 28 de abril de 2008

Educação

Semana passada assisti três níveis de palestras que me deixaram extremamente feliz e irremediavelmente revoltado em dias distintos. Primeiro, tive a experiência singular de ouvir o senhor Vasco Pedro Moretto; pessoa sóbria, engajado na análise do comportamento ético. Sem dúvida alguma, deixou marcas importantes. A principal, é a da consciência de que toda autoridade legal, desvela a propriedade moral; e, o contrário, uma generosidade do juízo, em que a parte olha para o todo, buscando justiça, equilíbrio e bem estar comum e particular. A história de não julgar pela lei, senão pela misericórdia.

Na segunda aferiçaõ, o senhor Antônio Osório, Foucautiano, não deixou dúvida a cerca do mal estar pelo costume, pela acomodação, posto que é um cancer social. Algo a ser extinto na retomada do comprometimento e da responsabilização.

Esta última culminou com exames fundamentais acerca da história da instituição escola e de seu comportamento patético, quanto dispositivo disciplinar. Instigou a todos a lutar e reagir ao posto, o que, para você leitor, que toma como óbvio, uma vez presenciando suas posições tornaria parte do meu entusiasmo por tal arguição.

A terceira, entretanto, foi para confirmar as anteriores, no aspecto negativo. Tive o contraste posto, pelas representantes da Educação no Estado, em que pese: a senhora Secretária estadual e demais poderes constituídos. Em pauta: a diminuição da repetência e os grandes méritos das provas que avaliam a qualidade do ensino no Brasil. Uma perda de tempo sem dúvida.

A revolta vêm pois da incompetência minha em não articular ondas significativas que repercutam nos corações, no mundo objetivo também das pessoas que convivem comigo, a ponto de me sentir corresponsável pela aquela manifesta pobreza de visão de mundo e relação com algo tão caro para nós. Foi lamentável perceber que o poder público não vive a modernidade, e sim está ancorado no arcaísmo de métodos e formas cristalizadas pela política. Porque se verba é importante, não discuto; importante também é articular as peças do jogo da melhor forma possível e aprender como ter ganho em qualidade exercitando a prática de libertação.

Um comentário:

Alexandre Gil disse...

caro!
isso foi uma provocação do acaso para entrar na politica ou um chamado mesmo? Dito pelo nao dito, sei de sua formação e tb dos seus sonhos, se precisar pra campanha me chama.
Qto ao texto; segundo Albert Einsten: "Triste Época! Mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito ou comportamento social"