segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Viagem ao centro do meu minimundo!

Todo ser carrega um protótipo reduzido do universo, ao menos em aspectos associativos livres, em discursos acadêmicos ou em mesas de roleta-russa, ao som do tango e de amigos tão bêbados quanto você, que não consegue, nesta fase, entender o que pode haver de bom em tudo isso.
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A categoria verborrágica encaixa-se no momento em que não há uma escuta afinada com a capacidade de dizer. Vou simplificar: é preciso, sempre, aprender a se ouvir. A vozinha, aquela, sabe, que te orienta, que acende o farol vermelho ou o semáforo amarelo, te avisando dos perigos das tuas próprias escolhas, impulsos, sentimentos, comportamento, atitude...
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Repara naqueles garotos que utilizam os radios modernos em seus automóveis igualmente modernos em intenso volume. Além do cérebro de sardinha, dançando funk no conservante, temos a nítida sensação da surdez interna, uma surdez sádicamente projetada para nunca ser curada. Acoberta a vontade de não se ouvir.
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Quando nos deparamos com novos olhares, no caso da busca de si mesmo, quando fazemos uma retrospectiva constante e crítica sobre comportamentos, atitudes, resultados, jeitos, maneiras de proceder, então vemos uma lógica por trás de tudo. Começamos a viagem do entendimento de nós mesmos (sem porto seguro).
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Esse é o caminho mais caro para cada um de nós, mas é um barato! Descortina-se um novo horizonte, novas formas não simétricas efetuam movimentos coloridos antes não refletidos no espelho da vida. Esses modelos acabam se descobrindo e, com isso, renasce um Rodrigo, um João, uma Clarissa, uma Maria... nascemos cisneis, onde havia apenas patinho(a) feio(a).
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Quem puder mergulhar no seu silêncio, no retumbar do seu coração, descobrirá uma alma sedenta de vida; uma alma positiva, alegre. Alguém que ama a si e ao próximo. Ama a vida que tem, as experiências que teve. Ama o processo de aprender, o olhar epistemológico sobre a curiosidade que impulsiona.
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A flor que brota linda, nasce muito mais linda e forte no lodo; a semente de onde surge a planta, morre para que assim surja a flor.

Um comentário:

Alexandre Gil disse...

Hehehe mew ermao. Caprichou, deixou um pedaço de ti neste texo. Mas a verdade é q concordo contigo em um monte de coisa. Entre o combate espiritual, nossas fraquezas sentimentais, sociedade furada, familia falida e nossas carências afetivas,... lembro, como diria Martin Val... já não és como era antes. Hoje, sua familia ruma a maturidade, a profissão está engatilhada, pronta ao disparo, a fé existe (e se basta!) e quanto a sociedade, com Graça e um pouco de sensatez aprendemos a viver felizes com ela, como se estivéssemos com um irmão doente em casa.
Este texto, revela a dimensão do teu talento e coração.
Mandou mto bem!